domingo, 12 de fevereiro de 2012

A inutilidade do texto

Olá pessoas.

Já sei, vou ser considerada a blogger mais tretas de sempre, porque só escrevo quando o rei faz anos, ou quando a Europa se reúne em conselho. Não percebeu, nem eu.

Hoje gostava de dizer qualquer coisa sem interesse de espécie nenhuma, o tipo de texto que depois de se ter lido a primeira linha já toda a gente se foi embora.
Não vos parece bem escrito em termos de concordância gramatical, em termos de conteúdo, é bom, também ajuda a que não leiam mais, podem ir-se embora agora.

Mas aposto que ainda aí estão, é assim o português, gosta de ver acidentes a acontecer, mesmo que sejam linguísticos, de total falta de ideias, palhaços sem graça e com a pintura esborratada ou carros em colisão na 2ª Circular.

Acho que estou a ser bem sucedida, já lá vão umas linhazitas e até agora nada. Podia pôr  aqui uma citação de alguém famoso como o R. Kipling, o F. Pessoa ou mesmo A. Tchékov, para dar alguma credibilidade a isto e ficavam todos impressionados. Percebia-se que era um texto inteligente, de alguém hoje pouco inspirada mas cheio de conhecimentos.

Não, nada disso meus amigos, sim porque se já vão na linha 13 e ainda não se foram embora é porque são meus amigos de verdade. Há que dar valor a quem tem coragem de ver tanta letra junta com virgulas acentos e parágrafos para não dizer coisíssima nenhuma. E sabe bem isto, porque temos sempre tanta preocupação em dizer coisas que façam sentido, que nos esquecemos de vaguear.

............

Ontem vi o filme a Dama de Ferro sobre a Dama de Ferro (estão a ver isto ainda pode piorar, se continuarem aí) e gostei, há que dizê-lo. Mas houve uma passagem que me fez pensar, o que só de si já é um mérito. Lady Thatcher, a dada altura diz que um dos grandes problemas da actualidade é que as pessoas só querem saber de sentimentos,  já ninguém liga a ideias ou pensamentos quando esses é que são realmente importantes.

Desculpem lá todos os que concordam com esta Ideia, mas para mim pensamentos sem sentimentos, são meros exercícios de retórica. Precisamos de sentir o que dizemos para que faça sentido e valha a pena.
Foi só um desabafo, pois precisava de dizer como me estava sentir.

Com isto tudo já tramei o texto, com esta espécie de reflexão minimalista, porque se calhar isto é capaz de ter algum interesse, mas  poucochinho mesmo assim.

Se ficaram até ao fim, são verdadeiramente estóicos e confessem estão sem nada para fazer nesta espécie de antecâmara da semana, que é o final de cada domingo.

Tenho dito.

1 comentário:

Boop disse...

O problema é mesmo o agirmos sentindo sem fazer a mínima da razão do agir!
Ou não é?
:)
Os psis é que já estão tão habituados a ligar uma coisa à outra - pensamento e emoção, que já não se entretêm com um mero exercício de retórica!
Mas estou afectada pelo vírus psi!
Nada a fazer!
E sim... acho que temos de ligar uma coisa à outra!
(e vez não és a única a escrever umas tyantas linhas e a deixar tudo na mesma! Ahahahaha)