segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nada

Hoje apetece-me escrever sobre nada.
Estou a trabalhar mas sem qualquer expectativa de tipo nenhum. Não sei sobre que tema hei-de escrever. O nada é bastante simples pois é onde pode caber tudo apesar de não estar lá coisa nenhuma. Pensem na vantagem de ter o nada na cabeça. Nada de ideias feitas, nada de medos, nada de preconceitos, há tempo para tudo, ainda vai acontecer o que queremos, não temos dores que nos agoniam, nem arrependimentos.
É quase como nascer de novo, podemos ter algum frio, não saber o que fazer nas situações, pois nada aprendemos ainda, mas no entanto há todo um mundo à nossa espera: cores, cheiros, sons, texturas, sabores.
Podemos começar por aqui, por experimentar os sentidos e ver como a coisa corre, e depois podemos aventurar-nos com as palavras, as pessoas, o conhecimento, o mar e o respirar.
É bom parar para perceber o nosso respirar e sentirmos que estamos cá, somos nós.
Não importa mais nada pois tudo o resto pode chegar a seu tempo (ou não), mas se tivermos consciência do Ser e não do Ter, tudo pode acontecer.
Não me preocupei com rimar, mas aconteceu e na perspectiva do não estava à espera de nada, se chegou deixo ficar.
E sim, conhecedores, eruditos e delatores da língua de Camões, não vos preocupeis com a minha fraca prosa, pois eu sei que não é nada, mas é mesmo isto que preciso. 
Não tenho mais Nada para dizer...

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